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domingo, 23 de maio de 2010

Porque hoje é sábado

Porque hoje é sábado na Praça Batista Campos é que nós nos deparamos com um festival de cores e corpos suados desse verão que se anuncia forte. E veio o artesão com seus inocentes brinquedinhos de miriti e há crianças de pés no chão, e brincadeira com patinete e bicicletas pequenas para alegria de todos nós. E muitos sorrisos e olhinhos felizes inundaram a praça. A garça fez 'prier' para encantar a todos que passam. E o verde das barracas carregadinhas de coco enfeita nossos olhos. E eu, que me deslumbro com tudo isso, me ponho a fotografar de ângulos que ainda não haviam me seduzido, para alegrar também a quem, por acaso, passar por aqui. (as fotos entrarão posteriormente)

sexta-feira, 7 de maio de 2010

Tapete cor-de-rosa

Entre princípio de maio e fim de junho, ao andar pela cidade, encontramos muitos jambeiros em flor. Normalmente essas árvores são podadas em forma de triângulo ou toda redondinha, como podem ver nas fotos,, e é muito lindo de observar porque elas nos dão verdadeiros tapetes róseos por onde quer que elas se encontrem, pintando de rosa nosso chão. E é um rosa intenso, vivo, que cai das flores do jambeiro, nessa época mesmo em que os frutos estão crescendo. Jambos há de todo tipo e tamanho - alguns exuberantes e polpudos, outros pequeninos, de um rosa bem clarinho, e sabor diferenciado. Nós aqui temos uma expressão que diz "morena cor-de-jambo" para as peles mais morenas das nossas caboclinhas faceiras.
Onde mais há tapetes cor-de-rosa em plena rua? Amo Belém!

segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pedra de Lioz




Imaginem grandes, imensos e antigos navios, lá pelo século XVI e XVII, singrando o Atlântico, saídos da Península Ibérica direto para o Novo Continente Americano, carregados de... pedras!! grandes blocos de pedras douradas, compostas por um tipo raro de calcário que ocorre em Portugal, mais precisamente na região de Lisboa e arredores.

A Pedra de Lioz foi trazida para Belém não para erguer muros, museus, igrejas, fortes, palácios, escadarias, torres ou mosteiros, tão ao estilo português. Não, mas para dourar nossas calçadas e recobri-las por anos e anos a fio. Essas pedras, de todos os tamanhos, em que ainda hoje pisamos - cuidadosamente porque, molhadas pela chuva farta, tornam-se escorregadias e traiçoeiras - enfeitam a Belém do século XXI.
Essa bela pedra combina tão bem com a arquitetura antiga, bem assim com as casas com porão, enfeitadas com azulejos portugueses coloridos nas fachadas e sempre... sempre também com as frondosas mangueiras a amenizar o calor. Quando as raízes das mangueiras afloram da terra, as pedras sobem com elas, deixando-as respirar.
Antonio Gedeão, poeta português, observando trabalhadores que lidavam com a Pedra de Lioz, fez um lindo poema que pode ser lido na internet.

domingo, 25 de abril de 2010

Chora o Vento

Na minha casa o vento grita e chora nas janelas, ao som do Maestro Waldemar Henrique, nem sempre anunciando boa chuva. E agora, nesse clima todo mudado em que vivemos, esse vento forte faz voar telhas, sacos plásticos e muita poeira. Sacode as árvores como a brincar com elas e atormenta todas as aves. Passarinhos nem se arriscam - acredito que estejam abrigados em galhos de árvores bem fechadas de folhas, como os jambeiros, seguros em suas frágeis patinhas. Mas alguns ninhos não resistem e caem, assim como as mangas. Sim, Belém ainda é a 'Cidade das Mangueiras'. E depois de um vento assim, com certeza muitas há pelo chão, rolando no asfalto e na grama das praças.
Fim de tarde. Tudo fechado em casa. Acho que lá pelo Marco e Bengola a chuva já caiu. Aqui no Jurunas o vento começa a relaxar e apenas chuvisca, pois já vejo um que outro pequeno pássaro arriscando o vôo curto. É domingo de abril. As 'águas mil' do verso foram parar no sudeste do Brasil.
Agora os vejo em bandos, a voar ao vento, como crianças que saem depois da chuva, brincando com a liberdade, a correr felizes, aproveitando a claridade que se esvai de mais um dia na Amazônia de múltiplas cores, sons e verdes. Obrigada, Senhor! No nosso amanhã sempre vem o sol novamente, para nos renovar em esperanças e alegrias.