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domingo, 25 de abril de 2010

Chora o Vento

Na minha casa o vento grita e chora nas janelas, ao som do Maestro Waldemar Henrique, nem sempre anunciando boa chuva. E agora, nesse clima todo mudado em que vivemos, esse vento forte faz voar telhas, sacos plásticos e muita poeira. Sacode as árvores como a brincar com elas e atormenta todas as aves. Passarinhos nem se arriscam - acredito que estejam abrigados em galhos de árvores bem fechadas de folhas, como os jambeiros, seguros em suas frágeis patinhas. Mas alguns ninhos não resistem e caem, assim como as mangas. Sim, Belém ainda é a 'Cidade das Mangueiras'. E depois de um vento assim, com certeza muitas há pelo chão, rolando no asfalto e na grama das praças.
Fim de tarde. Tudo fechado em casa. Acho que lá pelo Marco e Bengola a chuva já caiu. Aqui no Jurunas o vento começa a relaxar e apenas chuvisca, pois já vejo um que outro pequeno pássaro arriscando o vôo curto. É domingo de abril. As 'águas mil' do verso foram parar no sudeste do Brasil.
Agora os vejo em bandos, a voar ao vento, como crianças que saem depois da chuva, brincando com a liberdade, a correr felizes, aproveitando a claridade que se esvai de mais um dia na Amazônia de múltiplas cores, sons e verdes. Obrigada, Senhor! No nosso amanhã sempre vem o sol novamente, para nos renovar em esperanças e alegrias.