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segunda-feira, 3 de maio de 2010

Pedra de Lioz




Imaginem grandes, imensos e antigos navios, lá pelo século XVI e XVII, singrando o Atlântico, saídos da Península Ibérica direto para o Novo Continente Americano, carregados de... pedras!! grandes blocos de pedras douradas, compostas por um tipo raro de calcário que ocorre em Portugal, mais precisamente na região de Lisboa e arredores.

A Pedra de Lioz foi trazida para Belém não para erguer muros, museus, igrejas, fortes, palácios, escadarias, torres ou mosteiros, tão ao estilo português. Não, mas para dourar nossas calçadas e recobri-las por anos e anos a fio. Essas pedras, de todos os tamanhos, em que ainda hoje pisamos - cuidadosamente porque, molhadas pela chuva farta, tornam-se escorregadias e traiçoeiras - enfeitam a Belém do século XXI.
Essa bela pedra combina tão bem com a arquitetura antiga, bem assim com as casas com porão, enfeitadas com azulejos portugueses coloridos nas fachadas e sempre... sempre também com as frondosas mangueiras a amenizar o calor. Quando as raízes das mangueiras afloram da terra, as pedras sobem com elas, deixando-as respirar.
Antonio Gedeão, poeta português, observando trabalhadores que lidavam com a Pedra de Lioz, fez um lindo poema que pode ser lido na internet.

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