
Na primeira vez em que vi uma barata cascuda foi na janela da cozinha do pequeno apartamento em que morava, no meu primeiro ano em Belém. Ela tinha uns quinze centímetros... e eu odeio baratas! Empunhei minha arma e descarreguei em cima da pobre todo o conteúdo do spray. Ela nem se abalou! Não ficou de pernas pro ar, nem deu sinal de que estava morrendo. Eu não tinha coragem de matá-la com um chinelo e meu marido não chegava... (maridos costumam ser bons matadores de baratas). Fiquei paralisada, sem conseguir fazer mais nada e só saí dali depois de vê-la morta. Eu nunca havia visto uma barata como aquela e nem sabia que elas existiam. Também nesse mesmo ano fiquei conhecendo muitos insetos que jamais havia visto - e olhe que eu havia passado minha infância e adolescência andando pelo Brasil: Rio, Rio Grande do Sul, Minas, São Paulo, Ceará, Bahia, Pernambuco. Insetos de formatos estranhos, de todos os tamanhos e cores invadem todos os espaços na estação chuvosa da Amazônia. Acho difícil que os pesquisadores tenham conseguido catalogá-los todos. E a gente pensa na cadeia alimentar e em tudo o que se perde com a mata no chão. Quando não só a madeira importar quem sabe a gente dê mais valor à natureza e a tudo o que se perdeu. Mas as árvores em pé estão em flor e as cores estão multiplicadas nas frutas dessa estação, onde a umidade relativa do ar chega pra nós a mais de 100% em várias ocasiões. A gente praticamente respira água. Mas mesmo assim é quente durante todo o dia e toma-se banho frio. Belém dos meus amores, que esse inverno te encontre amigável e amorosa como sempre foste!
2 comentários:
Realmente......
Essa barata de 15 centímetros.....
Essa é grande viu.
Essa não dá pra matar com aerosol.
Tem que ser de espingarda calibre 12.
Na Amazônia as surpresas são muitas...
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